Evento de Tunguska
TUNGUSKA
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Apesar de ser considerado o maior impacto terrestre na história recente da Terra, impactos de intensidade similar em regiões remotas teriam passado despercebidos antes do advento do monitoramento global por satélite nas décadas de 1960 e 70.
Natureza do objeto
Em 1978, o astrônomo Lubor Kresák sugeriu que o corpo fosse um fragmento do cometa Encke, responsável pela chuva de meteoros anual conhecida como beta taurídeos.[6] O evento coincidiu com um pico de atividade dessa chuva de meteoros e a trajetória estimada para o objeto que causou a explosão de Tunguska é consistente com o que seria esperado de um fragmento desse cometa. Sabe-se que objetos dessa natureza explodem com frequência na alta atmosfera. Tais explosões são observadas por satélites militares há decadas.

Proponentes da teoria cometária sugeriram que o objeto poderia ser um cometa extinto com um manto rochoso que o teria protegido até atingir a baixa atmosfera.
A principal dificuldade com a hipótese do asteroide é que um objeto rochoso teria produzido uma grande cratera num impacto tão energético, e nenhuma cratera foi encontrada. Hipóteses foram feitas, e posteriormente corroboradas por modelos de Christopher Chyba e outros pesquisadores, de que é possível que a passagem do asteroide pela atmosfera teria provocado pressões e temperaturas tão altas que ele tenha sido completamente desintegrado, a energia do impacto toda liberada na atmosfera e o material espalhado na alta atmosfera explicaria os brilhos noturnos observados na Europa.
Durante os anos 1990, pesquisadores italianos extraíram resina das árvores coletadas na área do impacto e encontraram altas taxas de materiais comumente encontrados em asteroides e raramente encontrados em cometas.
Teorias Alternativas
Antes de um entendimento mais profundo sobre os mecanismos de impacto com meteoróides, diversas teorias alternativas foram criadas para explicar o evento de Tunguska. Nenhuma dessas teorias possui suporte científico hoje em dia e, apesar de algumas delas terem sido criadas por cientistas da área, hoje em dia são sustentadas principalmente por aficcionados fora da comunidade científica.Antimatéria
Em 1941, Lincoln LaPaz, e depois em 1965, Cowan, Atluri e Libby sugeriram que o evento de Tunguska poderia ser causado pela aniquilação de um pedaço de antimatéria provindo do espaço. Entretanto, isso não explicaria os resíduos minerais encontrados por expedições ao local. Além disso não há evidência astronômica para existência de pedaços de antimatéria em nossa região do universo.Mini buracos negros
Em 1973, Albert A. Jackson e Michael P. Ryan, físicos da Universidade do Texas, propuseram que o evento de Tunguska tivesse sido causado por um pequeno buraco negro de cerca de 1 tonelada atravessando a Terra. A falha dessa hipótese está na ausência de uma explosão de saída - uma segunda explosão do outro lado da Terra provocada pela saída do mini buraco negro. Também não há evidências de perturbações sismicas que a passagem desse objeto teria provocado no manto.A torre Wardenclyffe
Oliver Nichelson sugeriu que a explosão poderia ter sido resultado de um experimento de Nikola Tesla na torre de Wardenclyffe, realizado durante a expedição de Robert Peary ao polo norte, denominado o "Raio da Morte".Extra-terrestres
O presidente da Fundação de Fenomenologia Espacial, Dr. Yuri Labvin, defende uma teoria de que uma nave espacial teria colidido com um grande meteoro que viajava em rota de colisão com a Terra no ano de 1908. A teoria foi apresentada como uma explicação para o fenômeno que ocorreu em Tunguska, na Sibéria. Lavbin alega que há supostas impressões em pedras de quartzo que não podem ser feitas com a nossa tecnologia.Outras hipóteses como uma fusão nuclear espontânea e um processo geofísico também foram levantadas. Entretanto as teorias alternativas não encontra nenhum suporte em evidências empíricas. A virtual totalidade dos especialistas atestam uma colisão com um meteoróide ou corpo de origem cometária.
Tunguska versão Metallica