Ir a um museu e olhar para as pinturas, ir a um concerto e ouvir a música ... mas olhar para fora da janela e ver arte? Conceito interressant. Muitas vezes chamado de "Obras de Terra", ou "Land Art" estas obras usam a própria paisagem, por vezes, numa escala que, para apreciá-la, significa estar longe da obra, muito longe mesmo.
(left: land art by Andrew Rogers, via; right: Uysal Mehmet Ali in Parc de Chaudfontaine, Belgium, via)
Em viagem para Catron County, no Novo México, por exemplo, poderás ver um trabalho impressionante.
Criado por Walter De Maria, O Campo Raio é composto por mais de 400 postes de aço em uma grade de malha fina que cobre milha por milha uma porção de terra deserta. O Campo Raio é impressionante, visto de longe, parece uminferno de lanças de aço contra a dramática paisagem do deserto sudoeste, mas o que lhe dá a beleza impressionante, é um raio.
Não muito longe, em Rozel Point, Utah, criado por Robert Smithson com pedra natural, Spiral Jetty é exatamente isso: a formação de pedra que, quando foi criado pela primeira vez em 1970, era duramente negra, mas à medida que envelhecia, a sua, cada vez, mais cor de rosa e branco começou a aparecer. Tal como acontece com O Campo Raio, Spiral Jetty trabalha com a terra em si, não apenas na cor, mas também com o fenomeno do aparecer e desaparecer natural: quando as águas subem no lago, Spiral Jetty desaparece, para reaparecer de novo quando o rio acalmar a sua corrente
Embora não seja tão grande escala como Smithson ou de Maria, existe um artista cuja obra tem sido conhecida. Andy Goldsworthy trabalha com a natureza, e nada mais, para criar uma arte verdadeiramente original e absolutamente linda. Sem cola, sem apoios, sem pintura... nada a não ser grama, pedra, gelo e terra;
A arte de Jim Denevan é tão grande, tão surpreendente, que para apreciá-lo tens que estar bem longe de tudo, elevando-se acima da própria Terra.
Ao longo de nove quilômetros, a criação de Denevan no deserto de Black Rock, de Nevada é a única a figurar no livro dos recordes ... isto é, até Denevan ou outro artista como ele criar algo ainda maior. O seu projeto atual consiste na criação de grandes círculos sobre a superfície congelada do Lago Baikal, na Sibéria.
Outro artista da terra é o trabalho de Michael Heizer chamado City, em Nevada. Quase tão grande como uma cidade real cobre quarto milhas de comprimento. A criação de Heizer não é construída em aço e cimento mas de pedra e outros materiais naturais
"Gosto de escultura, de esculpir, mas as obras ficam pequenas demais para mim, o tamanho do resultado final não me completa, então, porque não fazer uma que possa competir com um Boeing 747 ou o Empire State Building ou a Golden Gate Bridge. é esse o meu objectivo" - Michael Heizer
James Turrell também usa a própria terra para seu trabalho, mas ao contrário de alguns outros artistas ambientais, ele não usa apenas a terra, mas também o céu. Sua Roden Crater, que é tão imenso como criações Denevan, é um trabalho permanente que acabará por transformar uma cratera natural em Flagstaff, Arizona, num observatório a céu aberto, onde a terra vai proporcionar uma visão naturalmente enquadrada do céu.
Ainda com fome de mais algumas instalações de arte fascinante e inesperada na terra?
Bem, Sylvian Meyer tem uma floresta e a preenche-la, curvas impossíveis e espirais mesmo até aranhas gigantescas, tudo, para transmitir a admiração do meio ambiente:
(images credit: Sylvian Meyer)
Land Art não intencional
Padrões de irrigação para Kufrana região crescente do deserto do Sahara, em África:
O sinistro "Green Cloud" Nuage, instalação Vent por HeHe (Helen Evans e Heiki Hansen) - vencedor do Ars Electronica 2008 Ouro Nica). Com este trabalho, os autores tentam mostrar os perigos da poluição.
