Em 1979, pelas mãos de Tobe Hooper tornou-se filme: "Os Vampiros de Salem" (Salem's Lot).
Há coisas piores do que a morte.
Sinopse: Ambientado na cidadezinha de Jerusalem`s Lot, na Nova Inglaterra, o romance conta a história de três forasteiros. Ben Mears, um escritor que viveu alguns anos na cidade quando criança e está disposto a acertar contas com o próprio passado; Mark Petrie, um menino obcecado por monstros e filmes de terror; e o Senhor Barlow, uma figura misteriosa que decide abrir uma loja na cidade. Após a chegada desses forasteiros, fatos inexplicáveis vêm perturbar a rotina provinciana de Jerusalem`s Lot: uma criança é encontrada morta; habitantes começam a desaparecer sem deixar vestígios ou sucumbem a uma estranha doença. A morte passa a envolver a pequena cidade com seu toque maléfico e Ben e Mark são obrigados a escolher o único caminho que resta aos sobreviventes da praga: fugir. Mas isso não será tão simples, os destinos de Ben, Mark, Barlow e Jerusalem`s Lot estão agora para sempre interligados. E é chegada a hora do inevitável acerto de contas.
Resenha do livro: A Hora do Vampiro – Stephen King
Em
geral, os livros que mais gosto de ler são os europeus. Os romances
americanos, embora pertençam a maior indústria editorial do mundo,
muitas vezes são entediantes por citar marcas famosas a cada duas frases
e apresentar personagens que mais parecem saídos de uma novela. E das
ruins! Mas tenho que reconhecer que, mesmo assim, existem autores
americanos que são alguns dos meus maiores heróis da literatura. Kurt
Vonnegut, F. Scott Fitzgerald e Bukowski, tão diferentes entre si, são
alguns deles. Porém, é quando falo em horror que o nome Estados Unidos
aparece de cara na minha mente. O país foi berço dos dois escritores
que, para mim, são os dois maiores autores do gênero: Edgar Allan Poe e
H. P. Lovecraft. Como se isso já não fosse o bastante é de lá um dos
melhores romancistas da atualidade e rei moderno da arte de arrepiar
leitores até a medula, Stephen King.
Stephen King não é considerado por fãs e
críticos o mestre do terror atual apenas por ter escrito clássicos
instantâneos como Iluminado, Zona Morta e Torre Negra e pela imensa
qualidade destas. Além do fato de ser best seller certeiro em mais de
quarenta países ele adquiriu uma posição invejável para todo escritor
com um mínimo de ambição. O de ser maior que os seus livros. O leitor
que geralmente compra Saco de Ossos ou Quatro Estações, só para servir
de exemplo, não os compra pelos motivos convencionais, que vão desde
recomendação de amigos ou porque gostou da história ou da capa dele.
Compra porque é mais um de Stephen King. Porque sabe que o nome dele é
sinônimo de alta qualidade. Pode reparar que o nome dele nas capas dos
romances é de três ou quatro vezes maior que os próprios títulos. Não
fosse só isso, sempre que King indica algum livro que gostou as vendas
deste aumentam consideravelmente.
Em torno dos moradores, a bestialidade da noite irrompe em asas noturnas. A hora do vampiro chegou.
Falando isso, fica difícil acreditar que
trinta editoras recusaram Carrie, seu primeiro romance, até ele ser
lançado e se tornar o sucesso que foi. Financeiramente confortável, King
começou seu segundo romance sobre um tema que todo autor de suspense e
terror deveria voltar seus olhos pelo menos uma vez. Baseando-se
profundamente em Drácula ele criou uma obra tão assustadora e longa
quanto o clássico. As semelhanças são muitas e fazem A Hora do Vampiro
ser a grande atualização do mito da forma como ele se popularizou anos
atrás e não a revolução perpetrada por Anne Rice só um ano depois com
sua estréia no mercado, Entrevista com o Vampiro. Stephen King, em um
momento de particular e cruel auto-crítica afirmou que o livro era um
plágio de Drácula. Não é. É uma história que só se baseia nos mesmo
conceitos explorados por Bram Stoker. Claro que ele poderia ter tentado
trilhar um caminho novo e criar uma nova visão dos vampiros, mas esse
não era seu objetivo. Entretanto, a abordagem de A Hora do Vampiro ainda
consegue ser mais profunda e elaborada em vários aspectos.