Mas como diria um amigo meu: Chega de patati do patatá, e passemos à acção:
Numero 10:
Balas e Bolinhos, o regresso, de Luis Ismael.
Rato está com problemas de dinheiro. Culatra anda teso e com problemas. Mas um dia descobrem a solução para todos os seus males... roubar o mapa de um tesouro, que vai despoletar novamente uma série de confusões...
È preciso reunir o grupo, mas falta um líder. Tone está de regresso para comandar a legião dos 'duros'. Contra tudo e contra todos, Tone, Culatra, Rato e Bino encabeçam aquela que será, sem dúvida, a maior aventura do cinema português.
Não perca este filme irreverente e ousado, com diálogos e situações hilariantes, a sequela de BALAS & BOLINHOS, um filme que assegurou já o estatuto de culto depois da sua passagem pelo Fantasporto e SIC Radical.
Numero 9:
As ruas da Amargura, de Rui Simões.
Sinopse
As Ruas da Amargura são povoadas por homens e mulheres, de
todas as idades, com carências afectivas, financeiras, problemas mentais, alcoolismo, toxicodependência, ou simplesmente pessoas que chegaram a Portugal à procura de uma vida um pouco melhor.Do outro lado das Ruas há um formigueiro de voluntários, assistentes sociais e técnicos diversos que constroem e mantêm estruturas de apoio, uns pensando em dias melhores, outros institucionalizando a ajuda sem acreditar que o fenómeno possa ter cura.
Numero 8:
Balada da Praia dos Cães, realizado em 1987 por José Fonseca e Costa. A estreia em Portugal foi a 12 de Março de 1987.
Balada da Praia dos Cães relata a investigação dum assassínio. A história começa com o relatório da descoberta dum cadáver enterrado numa praia, graças a alguns cães que, casualmente, dão com o morto sepultado na areia. Mais tarde a polícia descobre tratar-se do major Luís Dantas Castro, um militar preso por tentativa de sedição militar contra o regime político vigente, e que escapara da prisão, indo recolher-se, juntamente com três cúmplices: Mena, uma jovem mulher com quem o major tinha uma violenta e obsessiva relação antes do seu encarceramento, o arquitecto Fontenova, outro prisioneiro detido pelo seu envolvimento com a revolta militar e membro do mesmo movimento de resistência anti-salazarista do Major, e o cabo Barroca, uma guarda do campo a cumprir o seu serviço militar.
Os quatro refugiam-se numa casa situada a 20 km de Lisboa, aguardando a ajuda do advogado Gama e Sá, por eles apelidado Comodoro.
O responsável pela investigação é Elias Santana, um chefe da brigada da Polícia Judiciária, que vai reconstituindo o crime graças sobretudo aos interrogatórios feitos a Mena, confirmados e completados mais tarde pelos outros dois cúmplices, entretanto detidos. Comprova-se que o major fora assassinado pelos seus três companheiros de fuga.
A acção desenrola-se em dois planos: por um lado, o sucedido antes do crime, contado pela perspectiva de Mena; por outro, o próprio inquérito policial e a vida de Elias Santana. Neste último plano, o livro retrata a realidade e os métodos da polícia em pleno regime do Estado Novo, bem como a vida triste, rotineira e apagada de Elias Santana.
(sem clip disponivel)
Numero 7:
Non ou a Vã Glória de Mandar, de Manuel de Oliveira (8 de Março de 1991).Baseado na história de Portugal, Non ou a Vã Glória de Mandar, recorda as batalhas travadas pelos portugueses desde o tempo de D. Afonso Henriques até à guerra colonial.
Há quem considere o filme demasiadamente filosófico, por causa das lições do Alferes Cabrita e as perguntas e comentários dos furrieis, dos cabos e dos soldados. Há quem interprete as mesmas palavras como sendo história de Portugal, o facto é que Oliveira desfaz estes mitos no final.
O filme é mais uma reflexão sobre a História de Portugal, do que propriamente história. É uma forma particular de ver alguns acontecimentos que mais marcaram Potugal, ligando a Batalha de Alcácer Quibir ao 25 de Abril. Na primeira morremos e na segunda morreu o Alferes Cabrita.
Non, ou a Vã Glória de Mandar recorre a magestosos cenários de batalha, com a reconstituição da batalha de Alcácer Quibir. Para além do enorme número de guerreiros a cavalo em cena há uma grande diversidade de adereços da época que cada soldado exibe. Uma outra cena idêntica mas como é óbvio com uma outra dimensão é a guerra colonial em África.
«VÃ é a glória de mandar. É a glória de mandar - essa de que paradoxalmente D. Sebastião se despede em Alcácer Quibir - é a glória que o narrador se propõe e cuja vanidade a cada momento Oliveira sublinha, destroçando a narrativa, através da singularissima "decoupage" de um dos seus filmes mais fragmentados. Só que o narrador é ele também uma personagem fragmentada e os seus três grandes fragmentos (como Viriato, como Ninguèm e como Alferes Cabrita) viveram dessa glória e para essa glória até descobrirem, nas chamas, nos destroços e no sangue, como essa glória era igualmente vã».*
Numero 6:
Juventude em Marcha, de Pedro Costa (2006)
Sinopse
Ventura, um operário cabo-verdiano que mora no subúrbio de Lisboa, é subitamente abandonado pela sua esposa Clotilde. Ele sente-se perdido entre o velho quarteirão no qual passou seus últimos 34 anos e seu novo endereço num prédio de baixo custo, recentemente construído num conjunto habitacional. Todas as pobres almas que ele ali encontra parecem se tornar seus próprios filhos. Os cenários são as ruínas do bairro cabo-verdiano de Fontainhas, no noroeste de Lisboa, e o novo bairro Casal da Boba, construído pelo governo nos terrenos da maior lixeira do país.
O elenco é formado por actores não-profissionais, que desempenham os seus próprios papéis.Inclassificável, o cinema de Pedro Costa é de uma originalidade perturbadora. Ele exige do espectador um . Os planos de filme são rígidos; a cena, quase sempre estática, e, no entanto, essa aparente "imobilidade" desdobra-se na proposta de aventura do olhar.
Numero 5:
I'll See You in My Dreams
É considerado o primeiro filme de terror português.
Na verdade, trata-se de uma curta-metragem produzida e realizada por Filipe Melo, e
interpretada por Adelino Tavares,
São José Correia, Sofia Aparício, Manuel João Vieira, João Didelet e Rui Unas,
entre outros.Sinopse
Numa vila inexplicavelmente assombrada por uma praga de zombies, Lúcio é a única pessoa que os pode combater. Com problemas matrimoniais, esconde Ana, a sua esposa entretanto transformada num terrível zombie com um comportamento violento, na cave da sua casa. Entretanto, Lúcio descobre novamente o amor com Nancy, mas a relação está ameaçada pelas estranhas criaturas e a ciumenta esposa. Conseguirá Lúcio resolver todos os seus problemas com uma pistola e um punhal?
Numero 4:
O Milagre Segundo Salomé
Realizado em 2004 por Mário Barroso, teve a sua estreia em Portugal a 13 de Maio de 2004.
Mário Barroso centra a narrativa em Salomé (Ana Bandeira), uma prostituta de um conhecido bordel de Lisboa, que, como detem algo de especial, é cobiçada por vários homens, entre eles Zambujeira (Nicolau Breyner), um bancario rico, e Gabriel (Ricardo Pereira), um jovem revolucionário Anti-Regime. Este triângulo amoroso e o envolvimento infortúnio de Salomé no fenómeno da aparição de N. Sra. de Fátima aos Pastorinhos irão provocar consequências irreversíveis na sua vida. Filme provocador e audaz com qualidade pouco vista no panorama da sétima Arte em Portugal.
Numero 3:
Mal nascida, um filme de João Canijo (09 de Outubro de 2008)
Sinopse: Lúcia é uma mal nascida, uma mal amada é a eterna viúva do seu pai. Um grito antes de ser um corpo, enlouquecida,
maltratada e humilhada, sobrevive enlutada com a lembrança do crime e
da traição da mãe, grita a sua dor inconsolável para não dar descanso
nem paz aos assassinos do pai. Vive na esperança desesperada do regresso do
irmão para cumprir a promessa de vingar o sangue do pai.
Numero 2:
Inferno, um filme de Joaquim Leitão (1999)
Sinopse:
Dez homens de meia-idade, que combateram lado a lado nos Rangers,
Angola, na fase mais violenta da guerra. Dez homens que estão ligados,
para o bem e o mal por, esse passado comum, e desde essa altura, se
reúnem uma vez por ano, num restaurante nos confins do Alentejo, que
pertence a um deles. Um sitio onde estão á vontade para reviver esses
tempos, num jantar que se prolonga pela noite dentro, mas, desta vez, a
presença de Nina, uma prostituta, que vive numa pensão em frente ao
restaurante, e uma caçada que descamba em tiroteio, serão o rastilho
para uma noite louca e violenta, onde acabarão por ser confrontados com
uma ultima missão que despertará instintos e traumas do passado.
Grande filme de acção made in Portugal.
Numero 1:
Coisa Ruim, de Tiago Guedes e Frederico Serra, que fala sobre possessão demoníaca, explorando crenças, superstições, cepticismos, medos e desconfianças, no contexto de uma pequena aldeia.
“Coisa Ruim” começa com um exorcismo, apresentando-nos a personagem mais importante - o Diabo. Xavier (Adriano Luz), um biólogo, muda-se de Lisboa com a mulher (Manuela Couto) e os filhos (Sara Carinhas, Afonso Pimentel e João Santos) para uma antiga casa de família no interior do país. Numa aldeia cheia de lendas, esta casa carrega consigo um passado que se vai fazendo notar em torno dos seus novos habitantes.