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O Dragão na Mitologia Ocidental

O dragão não é um conceito apenas dos chineses. Ele ocupa um lugar de destaque nas lendas e literatura da maior parte dos países da Europa. Cicero em seu” de Divinatione ” Capítulo, parágrafo 30), Euripides em seu ‘Thilostratus”(Capítulo I, parágrafo 2), e Homero em “Íliada” (Capítulo II, parágrafo 309), todos mencionam dragões. A Bíblia, tem vinte e duas referências no Velho Testamento e trinta no Novo Testamento, e se refere ao dragão tanto alegoricamente ou como um animal real; entretanto, em muitos destas passagens, especialmente no Novo Testamento, a palavra “dragão” é um conceito infeliz, pois é evidente que em muitas das citações os autores das Escrituras evidentemente tinham a concepção de um animal que muito provavelmente se tratava do chacal.

Dragão é um animal que é representado com cauda de serpente, garras e asas. É uma figura mitológica presente na história de várias civilizações. É uma espécie de lagarto gigante, que solta fogo pela boca. No sentido figurado dragão é uma pessoa de má índole. Está presente na mitologia de diversos povos, como chineses e europeus e em cada um tem uma simbologia diferente. Acredita-se que os mitos dos dragões surgiram com as observações de pinturas rupestres, de fósseis de dinossauros e de outras criaturas gigantes

O dragão é uma figura tão importante, que é comum que as pessoas façam tatuagens de dragão como símbolo da força e energia do animal
Os mitos e lendas da Europa tem lugar para diversas estórias de dragão com o qual somos mais ou menos familiares. Entre outras está a lenda de Perseu, que salvou Andrômeda de um dragão e a estória de São Jorge e o Dragão; o conto de Sigfried, que matou um dragão em Worms e a estória de Beowulf, que no primórdios da História, despachou um dragão depois de matar Grendel.

O Rei Artur que foi chamado de temível Pendragon,” é descrito por Tennyson, em seu “Idills of the King”, sentado em um autêntico trono de dragão o qual rivalizaria em esplender àqueles do imperadores Manchu. A imaginação vívida do poeta nos deu essa descrição:

“A coroa real o dragão dourado sustentava
E embaixo no seu manto o dragão contorciam-se em ouro
E do entalhe atrás do trono surgem
Dois dragões ornados, deslizando para fazer
Braços para seu trono, enquanto o resto deles
Através de laços e fitas e dobraduras inumeráveis
Passando sobre os entalhes até se encontrarem
A nova forma na qual eles se perdiam.”

Muitas cidades costeiras e localizadas perto de rios na Inglaterra, França, Itália, Egito ainda recontam orgulhosamente suas lendas locais de dragões crués que foram mortos, após batalhas amgníficas, perto de bancos de rios ou do mar. Nós podemos ler sobre o Dragão Verde de Mordiford, o Dragão de Norwich, o Grande Dragão de Pittempton, o Dragão de Naples, o Dragão de Aries, o Dragão de Lyons, o Dragão de Marselha, Sebec, o Dragão do Nilo e muito mais. Estas estórias são orgulhosamente guardadas como tradições sagradas de suas cidades e países.

A concepção chinesa dos dragões apresenta uma criatura muito diferente destas nações na fronteira do Mediterrâneo e Atlântico. 
É verdade que há alguns pontos de semelhança, mas vamos chamar a atenção de apenas um, aquele à respeito sua visão aguçada. Ambos os tipos são dotados com uma ótima visão. O dragão chinês é surdo e isso explica, porque seus olhos, através de uma compensação natural, tenham alcançado um poder extraordinário. Sua visão é tão boa que ele pode facilmente distinguir um pedaço de grama milhas adiante. Em adição a isso é interessante lembrar que a palavra “dragão” em inglês é derivado do grego “drakon”, que significa “encarar” ou “ver”, e os clássicos mais que uma vez se referem ao animal como “dotado de aguda visão”. Nós não sabemos quem primeiro ligou o nome inglês “dragon” à concepção chinesa de dragão, lung, mas é dificilmente aceitável ao mestre Oriental dos mares ser identificado com o estigma que acompanha o seu companheiro inglês. Desde a recente revolução, muitos religiosos tem sido ouvidos para expressar sua grande satisfação em ver que a bandeira do dragão desapareceu para sempre.

O erro do uso da palavra dragão fez com que as pessoas confundisse o monstro maligno mencionado no livro das Revelações com o animal tão reverenciado pelos chineses. O dragão chinês da idéia ocidental generalizada em três pontos principais: na aparência, na personalidade e em consideração ao que se acredita. Na aparência, a concepção européia varia muito pouco da criatura da qual é o seu provável protótipo, salvo pela adição de um par de asas. As espécies chinesas estão em um patamar mais alto. O último tem uma cabeça maciça de onde emergem dois chifres galhados. Estas espécies, com a exceção de Chib Lung, ou Li Lung, não tem asas mas viagem de lugar em lugar pelas nuvens. Ainda, umas das grandes diferenças entre as duas variedades está na personalidade. O europeu é geralmente retratado com um monstro cruel, a personificação de tudo que é mal e inimigo do homem. A arte cristã o representa como o oposto da lei, harmonia e progresso e símbolo do pecado e paganismo. Nesse sentido alegórico, ele é retratado lutando contra São Jorge, São Miguel e São Silvestre, o qual personificavam a cristandade e a iluminação. Santos e mártires são retratados no ato de esmagar dragões sob seus pés. Ao passo que os dragões chineses, são sua antítese. É uma criatura benéfica, um amigo do homem. Ela traz a chuva que produz as colheitas e que por sua vez, traz comida. 

O terceiro ponto de distinção entre os dois dragões reside na consideração dispensada a eles. As espécies ocidentais eram criaturas horríveis, abjetas, evitadas e temidas pelos mortais, enquanto que os dragões asiáticos são objetos de reverência e mesmo culto pelos chineses. Esta criatura é de fato tão reverenciada que um dos mais sagrados títulos concedidos aos imperados era “O Dragão Verdadeiro”.
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