Durante a II Guerra Mundial foi fabricado para fins militares e em
grandes quantidades “walky-talkies" cuja tecnologia havia sido
desenvolvida pelo engenheiro norte-americano Al Gross, anos antes. Al
Gross é hoje conhecido em todo o mundo como “pai” da
Banda do Cidadão (CB).
Sendo
ainda hoje discutível a origem da Banda do Cidadão (CB), num aspecto
existe unanimidade: o governo americano viu-se confrontado com um
excedente espantoso de equipamentos militares que nunca foram usados
tendo em conta o fim inesperado da II Grande Guerra, incrementando o seu
usa pela população como “hobby" com o objectivo de colocar os citados
excedentes no mercado. Em simultâneo, e por certo não fruto do acaso,
os radioamadores manifestaram o seu interesse de estabelecer um
tráfico bilateral entre a generalidade dos cidadãos utilizando a
frequência dos 27 MHz.
E porquê os 27 MHz? Esta frequência havia
sido atribuída desde algum tempo às aplicações industriais, científicas
e médicas (ICM), tornando-se pouco propícia a qualquer tipo de
comunicação rádio, pois era sistematicamente interferida por ruídos de
maquinaria de forte potência cuja ressonância se situa va nos 27 MHz.
Trata-se da chamada "banda perdida".
Portanto,
os defensores de tal forma de rádio para entretenimento, desenvolveram
grande actividade para convencer as autoridades americanas, que a
partir de 1953 autorizaram o funcionamento de 23 canais nos 27 MHz,
introduzindo, pouco depois, o respectivo licenciamento, formalizando a
criação de uma "frequência para os cidadãos", incluída na banda dos 11
metros e que toma a designação de “Citizen’s Band” (CB), a Banda do
Cidadão.
Em Portugal, a Banda do Cidadão (CB) foi legalizada em
1978, podendo os ser utilizados 40 canais - de 26.965 a 27.405 MHz –
com uma PAR (potência aparente radiada) de 4 watts em AM (amplitude
modulada) e 12 watts em SSB (banda lateral). Actualmente, em Portugal, a
Banda do Cidadão (CB) é regulamentada pelo Decreto-Lei 47/2000 de 24
de Março e tutelada pela Autoridade Nacional de Comunicações (ANACOM).