Foi um militar famoso salteador, do século XIX, em Portugal, e era chefe da quadrilha mais famosa do Marão.
É conhecido por "roubar aos ricos para dar aos pobres" e por isso muitos consideram-no como o Robin dos Bosques português.
Houve muito de "político" na sua imagem pública
O grande número de assaltos, em todo o norte de Portugal, entre 1842 e 1859, foi num período muito conturbado pois foi coincidente com o pedido de maior resistência de D. Miguel, no exílio com seu governo, aos seus partidários "miguelistas" que tentaram formaram grupos de guerrilha em todo o país. Tal como existia toda uma ala mais liberal mais conservadora que estava descontente e da qual ele fez parte. Só assim se explica nomeadamente haverem alguns padres no seio do seu bando.
Tinha vasta experiência militar começada no quartel de Cavalaria 2, os “Lanceiros da Rainha” que toma parte contra o partido dos setembristas e pela restauração da “Carta Constitucional”, no mês de Julho de 1837. Aí derrotado vê-se em Espanha fugido.
O pior é que o seu «partido» entra em «desgraça», amontoa dívidas de impostos que não consegue pagar e é expulso das Forças Armadas.
Já como "Zé do Telhado", chefe bandoleiro mais conhecido do país, foi apanhado pelas autoridades em 31 de Março de 1859 quando tentava fugir para o Brasil, e preso na Cadeia da Relação, onde conhece Camilo Castelo Branco.
Hoje sabe-se que seu julgamento teve muito de farsa.
Em 9 de Dezembro de 1859 foi condenado ao degredo na pena de trabalhos públicos por toda a vida na costa África ocidental ultramarina. Foi-lhe comutada a pena aplicada na de 15 anos de degredo desde 28 de Setembro de 1863. Viveu em Malanje, fez-se negociante de borracha, cera e marfim.
Casou-se com uma angolana, Conceição, de quem teve mais três filhos.
Morreu de varíola no ano de 1875 (57 anos) em Angola.
Veja aqui o CineDoc: Investigação sobre Zé do Telhado
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