Via MikeLiveira ...
e ainda sobre uma das maiores, quiçá, a maior figura do século xx português, anti-fascista e revolucionário internacional.
Álvaro Cunhal não foi apenas um intelectual de excepção. Foi um organizador revolucionário, um militante de base e simultaneamente um dirigente com as mais altas responsabilidades. A vida encarregou-se de o colocar nos mais diversos e marcantes cenários. Conheceu o fascismo português do princípio ao fim. Conviveu de perto com Bento Gonçalves, o grande impulsionador da natureza de classe do PCP, foi com ele a Moscovo ao importante Congresso da Internacional Comunista que debateu a resposta à ameaça nazi-fascista que se veio a concretizar, esteve em Madrid quando ali se travaram os mais duros combates no início da Guerra Civil, conheceu a prisão, as mais bárbaras torturas a que um preso político português esteve sujeito (anos e anos de isolamento e incomunicabilidade), participou activamente na reorganização e fortalecimento do PCP como força principal de oposição e resistência ao fascismo, dirigiu o partido como secretário geral durante cerca de três décadas de intensa actividade, que incluíram os anos da libertação do país face ao fascismo e aos seus sustentáculos, e depois a lenta recuperação dos monopólios no contexto da contra-revolução portuguesa que perdura até hoje.
O pensamento, a obra e o exemplo de Álvaro Cunhal não pertencem ao PCP nem aos comunistas portuguesas, são património de todos os trabalhadores e anti-fascistas portugueses, de todo o movimento operário e comunista internacional. As comemorações do centenário do seu nascimento visam precisamente dar um novo fôlego à divulgação do todo coerente que foi a sua vida, a sua acção, o seu legado.
... por isso, ate amanhã camarada Manuel Tiago, Álvaro Cunhal prós amigos.
http://alvarocunhal.pcp.pt/