Manuela Saraiva de Azevedo (n. Lisboa, 31 de Agosto de 1911), é uma jornalista e escritora portuguesa.
Foi presidente da "Associação para a Reconstrução da Casa de Camões" em Constância.
figura frágil de Manuela de Azevedo engana qualquer um. A memória brilhante da primeira jornalista profissional da imprensa portuguesa contrasta com os 95 anos, que não esconde. Na pequena sala, dominada por um enorme retrato seu, a mulher que se opôs ao regime de Salazar relembra os inúmeros episódios que marcaram os 73 anos dedicados à escrita jornalística.
Jornal de Notícias|Considera-se pioneira do jornalismo no feminino?
Manuela de Azevedo|Sim, fui a primeira profissional feminina no nosso país. Entrei para o jornal República em 1934. Tinha 22 anos. Nessa altura nem havia Sindicato dos Jornalistas.
.........................................FLASH-BACK
O Museu Nacional da Imprensa vai editar em Outubro o livro de memórias de Manuela de Azevedo, jornalista e escritora que completa segunda-feira 98 anos, disse hoje à agência Lusa o director do museu.
Luís Humberto Marcos referiu que o livro "Memória de uma Mulher de Letras", com 200 páginas, está dividido em quatro capítulos: "Nascimento e Infância", "No país da Juventude", "Ossos do Ofício" e "Para um Mundo Melhor".
No prefácio da obra, Luís Humberto Marcos refere que o projecto de edição das memórias "começou em Março de 2005 quando a ideia irrompeu, a propósito da gravação de uma conversa sobre a vida e obra de Manuela de Azevedo, na sua casa em Lisboa".
"São memórias que se desfiam sem parar. Falam de lugares, episódios históricos, andanças, figuras públicas, peripécias, ideias e sentimentos. Também de sonhos e paixões", salienta o director do museu portuense.
Luís Humberto Marcos salientou que "foi obra" uma menina beirã chegar a jornalista nos anos 1930, um "tempo em que as mulheres eram raras no jornalismo".
"O apelo para o jornalismo surgiu-lhe da leitura de 'O Século', jornal do qual o pai era correspondente. As notícias atraíam-na. E, depois de editar um livro de poemas prefaciado pelo mestre Aquilino Ribeiro, entrou pela porta grande: no jornal República", explica.
"A seguir passou para o Diário de Lisboa, de Joaquim Manso e Norberto Lopes, e, mais tarde, para o Diário de Notícias", acrescenta Luís Humberto, lembrando que Manuela de Azevedo entrevistou personalidades como Calouste Gulbenkian, Ernest Hemingway, Evita Perón, Rudolf Nureyev e o ex-rei Humberto de Itália, que se exilara em Portugal.
"Para este feito, já que o ex-rei estava proibido de conceder entrevistas, entrou na Quinta da Piedade (Sintra) onde ele vivia, como criada", salienta.
Além do trabalho como jornalista, Manuela de Azevedo escreveu e publicou dezenas de livros de poesia, contos, novelas, romance, crónicas, ensaios, biografias e peças de teatro.
http://www.casadaimprensa - Uma Aventurafemenina no Jornalismo
Biografia
No jornal República, trabalhou como redactora e na revista Vida Mundial foi chefe de redacção no período de 1942 a 1945.Foi presidente da "Associação para a Reconstrução da Casa de Camões" em Constância.
Obras
- Claridade (1935) (poesia) (com prefácio de Aquilino Ribeiro)
- Um Anjo Quase Demónio (1945) (poesia)
- Filhos do Diabo (1954) (contos)
- À Sombra d'Eça e Camilo (1969) (ensaio)
- Guerra Junqueiro (1981) (ensaio)
Prémios
- Prémio Fialho de Almeida com o livro "Filhos do Diabo"
figura frágil de Manuela de Azevedo engana qualquer um. A memória brilhante da primeira jornalista profissional da imprensa portuguesa contrasta com os 95 anos, que não esconde. Na pequena sala, dominada por um enorme retrato seu, a mulher que se opôs ao regime de Salazar relembra os inúmeros episódios que marcaram os 73 anos dedicados à escrita jornalística.
Jornal de Notícias|Considera-se pioneira do jornalismo no feminino?
Manuela de Azevedo|Sim, fui a primeira profissional feminina no nosso país. Entrei para o jornal República em 1934. Tinha 22 anos. Nessa altura nem havia Sindicato dos Jornalistas.
.........................................FLASH-BACK
O Museu Nacional da Imprensa vai editar em Outubro o livro de memórias de Manuela de Azevedo, jornalista e escritora que completa segunda-feira 98 anos, disse hoje à agência Lusa o director do museu.
Luís Humberto Marcos referiu que o livro "Memória de uma Mulher de Letras", com 200 páginas, está dividido em quatro capítulos: "Nascimento e Infância", "No país da Juventude", "Ossos do Ofício" e "Para um Mundo Melhor".
No prefácio da obra, Luís Humberto Marcos refere que o projecto de edição das memórias "começou em Março de 2005 quando a ideia irrompeu, a propósito da gravação de uma conversa sobre a vida e obra de Manuela de Azevedo, na sua casa em Lisboa".
"São memórias que se desfiam sem parar. Falam de lugares, episódios históricos, andanças, figuras públicas, peripécias, ideias e sentimentos. Também de sonhos e paixões", salienta o director do museu portuense.
Luís Humberto Marcos salientou que "foi obra" uma menina beirã chegar a jornalista nos anos 1930, um "tempo em que as mulheres eram raras no jornalismo".
"O apelo para o jornalismo surgiu-lhe da leitura de 'O Século', jornal do qual o pai era correspondente. As notícias atraíam-na. E, depois de editar um livro de poemas prefaciado pelo mestre Aquilino Ribeiro, entrou pela porta grande: no jornal República", explica.
"A seguir passou para o Diário de Lisboa, de Joaquim Manso e Norberto Lopes, e, mais tarde, para o Diário de Notícias", acrescenta Luís Humberto, lembrando que Manuela de Azevedo entrevistou personalidades como Calouste Gulbenkian, Ernest Hemingway, Evita Perón, Rudolf Nureyev e o ex-rei Humberto de Itália, que se exilara em Portugal.
"Para este feito, já que o ex-rei estava proibido de conceder entrevistas, entrou na Quinta da Piedade (Sintra) onde ele vivia, como criada", salienta.
Além do trabalho como jornalista, Manuela de Azevedo escreveu e publicou dezenas de livros de poesia, contos, novelas, romance, crónicas, ensaios, biografias e peças de teatro.
A primeira mulher a receber em Portugal a carteira profissional de jornalista, Manuela de Azevedo,
que se afirma sobretudo no âmbito do jornalismo cultural,
designadamente na crónica e na crítica de teatro e de artes plásticas, é
ela própria dramaturga.
De
destacar ainda o seu contributo para o biografismo literário, sob a
forma de ensaio ou divulgação de escritores portugueses e na adaptação
de alguns textos de referência da literatura juvenil portuguesa. Tem
publicado também livros de poesia e ficção e, mais recentemente, as Memórias de Uma Mulher de Letras. Fundou e dirigiu a Casa-Memória de Camões, em Constância, tendo doado à CM de Santarém o seu espólio bibliográfico e artístico.
Segundo informação tornada pública pela própria, tem presentemente em mãos a redacção de um livro para crianças.
Está patente na Casa-Museu Anselmo de Braancamp Freire, em Santarém, uma exposição do espólio literário e artístico de Manuela de Azevedo.
Memórias em vida de uma mulher de letras - artigo no Correio do Ribatejo, 26/8/11
Câmara de Santarém congratula jornalista Manuela de Azevedo pelo seu 100º aniversário - Tinta Fesca, Jornal de arte, cultura e cidadania, 22/8/11
Exposição evoca centenário de Manuela de Azevedo em Santarém - O Mirante.pt, 30/8/11
Segundo informação tornada pública pela própria, tem presentemente em mãos a redacção de um livro para crianças.
Está patente na Casa-Museu Anselmo de Braancamp Freire, em Santarém, uma exposição do espólio literário e artístico de Manuela de Azevedo.
Memórias em vida de uma mulher de letras - artigo no Correio do Ribatejo, 26/8/11
Câmara de Santarém congratula jornalista Manuela de Azevedo pelo seu 100º aniversário - Tinta Fesca, Jornal de arte, cultura e cidadania, 22/8/11
Exposição evoca centenário de Manuela de Azevedo em Santarém - O Mirante.pt, 30/8/11
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